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terça-feira, 3 de março de 2009

Maratonistas culturais mostram fôlego

Durante o Festival de Curitiba é possível encontrar pessoas que assistem inúmeros espetáculos, correndo de um espaço a outro, para aproveitar a efervescência cultural de março em Curitiba. São os maratonistas do Festival.

E a largada é dada logo quando abrem as bilheterias. O analista de sistemas Adilson Farris não quis arriscar e foi o primeiro a chegar na fila na edição deste ano, como acontece há 18 anos. “Desde quando começou o Festival, sou a primeira pessoa a comprar ingressos”, garante ele.

Além de estarem na plateia, os maratonistas também podem ser atores que enfrentam uma agenda apertada de espetáculos. A atriz Kelly Eshima se prepara para apresentar cinco no Fringe. Serão ao todo trinta sessões, uma média de mais de três peças por dia. “Desde o ano passado estou ensaiando esses espetáculos e agora me preparando também psicologicamente para dar conta dessa demanda”, diz Kelly, que não desgruda da agenda.

Para conciliar esses horários não foi fácil. Chegar ao montante de trinta apresentações exigiu escolhas e ela teve que cancelar outras duas porque os horários não encaixavam. “Eu também não posso abraçar o mundo”, finaliza.

Kelly Eshima, à direita, em cena de Óquei!, da Companhia Transitória. Ela está em outros quatro espetáculos

Um comentário:

  1. Em cartaz desde 2007,"Um Grito Parado no Ar" de Gianfrancesco Guarnieri, montagem com a Cia. Nuvem da Noite/Ribeirão Em Cena e direção de Gilson Filho é sucesso de público e crítica. O elenco, formado por Camila Deleigo, Joubert de Oliveira, Matheus Guerardi, Nane Silva, Neusa Maria de Souza e Roberto Edson estará em cartaz no teatro Odelair Rodrigues (Av. Sete de Setembro,2434) nos dias 18, 19, 20, 21 de Março.
    A peça gira em torno de um grupo de teatro em processo de trabalho e que enfrentam dificuldades dentro e fora dos palcos. Nesta situação, o espectador assiste a montagem de um espetáculo e como funciona o processo de criação do ator quando a mística do teatro é desnudada.

    Para aumentar a tensão, credores intervêm a todo o momento retirando equipamentos e serviços prestados a companhia. Quando despojados de tudo, resta ao grupo de artistas somente um uníssono grito final, símbolo da luta, mas também da sobrevivência frente à opressão reinante.

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