Um debate sobre políticas culturais movimentou o Memorial de Curitiba na tarde desta sexta-feira (19). Estiveram presentes à mesa o deputado federal Angelo Vanhoni (presidente da Comissão de Educação e Cultura), Alfredo Manevy (secretário executivo do Ministério da Cultura), Marcelo Bones (Funarte). O diretor-geral do Festival de Curitiba, Leandro Knopfholz, fez a abertura da conversa.
O principal assunto foi o projeto de lei que cria o programa nacional de fomento e incentivo à cultura. ‘É importante que uma lei de incentivo faça com que, no caso das artes cênicas, os espetáculos possam ter uma vida mais longa e, dessa maneira, se aproximar mais do público’, disse Knopfholz.
Para Manevy, um grande problema é que no País mais compramos cultura do que exportamos. ‘A gente exporta os grandes craques e os compra a altos preços, via TV à cabo. O mesmo acontece com a Cultura’, disse. ‘A pirataria é mais um fenômeno social do que um caso de polícia, no Brasil. Isso porque a cultura aqui é para poucos. Até no cinema: a pipoca brasileira é a mais cara do mundo’, completou.
Segundo Angelo Vanhoni, um dos problemas enfrentados por quem faz cultura é que, no Brasil, ela não é considerada como algo importante. ‘Não só não temos muita estrutura como sofremos de uma barreira ideológica: a cultura fica sempre em segundo plano’.
‘Os festivais passam por momentos de reflexão por todo o país, por isso este debate chega em uma hora bem apropriada’, disse Bones.
Aos amigos - Autor(Nelson de Sá)
Há 12 anos
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"Cultura no Brasil não é algo importante", "Não se tem muita estrutura", "A cultura fica sempre em segundo plano", são jargões que vêm sendo repetidos como argumento de discussão, tentando justificar a inercia e incompetência por não se conseguir avançar nas propostas mais concretas e resoluções efetivas. Está na hora de ir em frente e parar de fazer discursos. Todos sabem o que deve ser feito mas, não conseguem imaginar como...Já passou o tempo de reflexões, agora é hora de ações.
ResponderExcluirna mesma sexta feira de manhã teve um outro importante encontro o sobre o Teatro de Rua organizado pela Rede Brasileira de Teatro de Rua e pelo Grupo ARte da Comédia de Curitiba. Mais de sesenta pessoas animaram a canversa que tinha na mesa Marcelo Bones (Funarte), Beto Lanza (Fundação Cultural de Curitiba), Chico Pelucho (Galpão). Alexsandre Matte (Prof. São paulo).
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