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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fringe : Vitrine do teatro



A tradição de ser vitrine nacional do teatro rendeu ao Fringe, mostra sem curadoria do Festival de Curitiba, o montante de mais de 450 espetáculos inscritos. E não é à toa. Muitas companhias, atores e diretores iniciaram sua jornada na mostra e hoje são referência no teatro nacional.

As companhias mineiras Espanca e Luna Lunera, por exemplo, participaram do Fringe e acabaram convidadas para integrar a Mostra Contemporânea depois de apresentarem trabalhos de grande qualidade e agradar o público e a crítica especializada.

“Quando estreamos Por Elise (foto), em 2005, sabíamos que era muito importante para o grupo. Conseguimos reconhecimento da crítica e do público e no próximo ano fomos convidados para participar da Mostra Contemporânea com Amores Surdos”, conta a atriz, diretora e dramaturga Grace Passô, integrante da Cia. Espanca, de Belo Horizonte (MG). Por Elise ganhou os prêmios APCA e Shell pela dramaturgia.

Um ano depois da estréia de Por Elise, a Luna Lunera participou do Fringe com a peça Não desperdice sua vida. Cláudio Dias, diretor de produção da companhia, não imaginou o que viria depois: um convite para interar a Mostra Contemporânea com Aqueles Dois, espetáculo baseado no conto de Caio Fernando Abreu. “A receptividade foi a melhor possível. Conseguimos divulgar o trabalho no país inteiro”, comenta Dias. Aqueles Dois ganhou prêmios de melhor espetáculo e direção no SESC-Sated e Usiminas-Sinparc.

“Participar do Fringe é uma grande troca”, afirma Márcio Abreu, ator, dramaturgo e diretor. Algumas das peças das quais participou ganharam destaque dos críticos, entre elas Suíte 1 e Volta ao dia. “Uma troca com jornalistas e também com o público, já que muitos vêm de outros estados pra ver o Festival. Isso é importante tanto no sentido artístico como também para a repercussão do trabalho”, completa.

O diretor teatral Paulo Biscaia Filho lembra que é uma ocasião em que os curitibanos vão mais ao teatro. “É também uma oportunidade de mostrar o trabalho pro público local, que aproveita o Festival para ver mais peças”. Ele conta que uma de suas peças viajou para outros estados graças ao convite de um curador que viu o trabalho no Fringe.


3 comentários:

  1. É sempre bom assistir as peças do Fringe. Até o ano passado eu era apenas espectador (e ia apenas nas peças do Fringe, por opção mesmo). Este ano estou dirigindo e atuando nesta mostra que não tem nada de 'paralela'. Ela já faz parte do Festival e é o que da corpo para este evento tão legal de Curitiba. Estou com o espetáculo "Respeitável Público! O grande circo da ilusão apresenta...", no Teatro Reikrauss, com o Cia Imidetos. Estreiaremos logo na primeira semana... uma responsabilidade muito grande, porque se formos bem, chamamos público para as próximas peças, mas se formos mal, acabamos impactando negativamente os próximos espetáculos.

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  2. Minas também mostra sua diversidade, sua versatilidade fazendo da mostra Fringe sua vitrine, confirma sua vocação artística nas artes cênicas: Grupo Galpão, Grupo Corpo e ora as Cias. Espanca e Luna Lunera... e assim um grande "Caldo Cultural" reverbera ao País as Artes, sua expressão, e a missão da Vanguarda, o grito, o lamento e a gargalhada, a crença raça humana!!

    EVOÉ!!

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  3. Vamos participar pela primeira vez do Fringe com a peça ESCURIAL. A Cia Mutação existe desde 1979 e usávamos o teatro como artifício na educação dos alunos do colégio CECI. Ao longo do tempo nos profissionalizamos e temos arcado com todas as despesas de nossas produções. Existe uma vida teatral em São Paulo, tão "paralela" e tão significativa quanto o Fringe, do qual temos enorme honra em participar.

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